Está pronto o Relatório "Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana, São Paulo". O estudo foi realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em conjunto com a UNICAMP. No estudo foi mapeado a hipótese de uma duplicação da mancha urbana até 2030, possibilitando identificar supostas áreas com maior risco de enchentes e deslizamentos de terras.
Numa comparação de dados, constatou-se que até 1930 ocorriam chuvas pesadas com mais de 50 litros d'água por metro quadrado apenas uma única vez no ano. Mas atualmente a frequência dessas chuvas tem ocorrido, em média, à cada três meses durante o ano.
Com base no Relatório, pesquisadores cruzaram estimativas de aumento de construções em áreas com declives e concluíram que, nos próximos 20 anos, pode aumentar a ocupação das áreas de risco na Cidade de São Paulo.
Chama a atenção de todos nós e em especial, supomos, das nossas autoridades administrativas, essa previsão indicativa de menor intervalo entre chuvas pesadas, despejando nos próximos 20 anos, toneladas de metros cúbicos sobre a Cidade. Impermeabilizada com tanto asfaltamento e lajes, paralela à estimativa de crescimento da ocupação de áreas de risco na Cidade, não precisaremos de muita esforço para imaginar que vem aí muitas enchentes.
A questão climática é um assunto sério e preocupante que deve demandar a atenção especial de todos nós. Na nossa região, por exemplo, as enchentes e os deslizamentos de terras em algumas áreas de risco são frequentes todos os anos. A expectativa de intensificação das chuvas e de aumento da ocupação de áreas de risco na Cidade deve servir para ficarmos em alerta permanente.
Postado por
Paulo César Ferreira de Oliveira
Coordenador Geral da Comissão Executiva
TRIBUNA DEMOCRÁTICA DE OPINIÃO POLÍTICA
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